Aquecimento global: Afinal, quem tem razão?
Fonte: Gazeta do Sul – Santa Cruz do Sul, 5 de fevereiro de 2007
Site: www.gazetadosul.com.br
Autoridades científicas disseram que aumento da temperatura do planeta pode causar catástrofes, mas há grupos de pesquisadores que contrariam essas afirmações
Quando cientistas de 130 países ligados ao Painel Internacional sobre a Mudança Climática (IPCC) se reuniram em Paris, no último dia 2, e apresentaram um relatório com dados assustadores sobre o aquecimento global, uma pergunta ficou no ar. As secas que dizimaram a produção agrícola ou chuvas excessivas e as altas temperaturas seriam sinal de que o fim dos tempos se aproxima?
Para os pesquisadores a resposta é sim e a causa de tudo isso seria a ação do homem. No mais completo relatório sobre clima, eles fizeram previsões pessimistas para os próximos cem anos e afirmaram que se não forem adotadas medidas eficazes há riscos de as águas dos oceanos cobrirem cidades costeiras e a falta de chuva acabar com a agricultura.
Mas o relatório que colocou em alerta as principais autoridades mundiais pode não passar de uma mera especulação. É isso que defendem alguns meteorologistas que, baseados em dados históricos, fazem afirmações contradizendo a teoria apocalíptica lançada do IPCC. Para eles, embora o aquecimento global seja um fato irrevogável, não há provas suficientes para justificar tanto alarde em torno do assunto.
Não se trata de amenizar os riscos, mas sim de levar à opinião pública um contraponto para uma questão que ganhou repercussão mundial e alimenta as mais mirabolantes especulações. O que os meteorolgistas querem é dizer que períodos de aquecimento excessivo ou de calores ocorreram ao longo dos séculos e nem por isso o mundo acabou. As opiniões são divergentes, mas abrem margem para uma questão. Quem, afinal, tem razão? A Gazeta do Sul ouviu defensores das duas teses e mostra o contraste de argumentos.
O QUE DIZ O RELATÓRIO
- 95% do aquecimento global é causado pelo lançamento na atmosfera de gases como o carbônico.
- A temperatura da Terra teria aumentado de 13,78 graus, há um século, para 14,5 graus.
- Há 125 mil anos, a temperatura chegou a 18 graus. O nível do mar teria subido até seis metros.
- Até 2100 o aquecimento global pode fazer com que a temperatura chegue a 16,5 graus.
- O aumento das emissões de gases causaria o derretimento do gelo do Ártico elevando o nível dos oceanos.
- Ventos, chuvas intensas e ciclones serão mais fortes, elevando o risco de destruições.
- O volume de precipitações, nas regiões mais secas, no entanto, tende a diminuir. Pelo menos 3,2 bilhões de pessoas podem ser atingidas por esse problema, que afeta, hoje 1,1 bilhão de habitantes.
- Espécies da flora e fauna seriam extintas por não conseguir se adaptar às mudanças climáticas.
- No Brasil a Floresta Amazônica corre risco de desaparecer com o aumento das temperaturas em torno de 4 e 8 graus e redução do volume de chuvas.
- O Sul do País sofreria tornados e furacões. A agricultura seria prejudicada e a economia também.
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