terça-feira, abril 10, 2007

201) Fidel Castro e o "genocidio" pelo etanol...

A revolução antietanol: as críticas de Fidel Castro

Castro e Chávez promoviam o uso de biocombustíveis até que Lula e Bush apostaram neles. Segundo Castro, o acordo entre EUA e Brasil terá "efeitos devastadores" no Terceiro Mundo

Joaquim Ibarz escreve da Cidade do México para “La Vanguardia” (8 Abril 2007):

Fidel Castro não ataca só George Bush por promover o uso de biocombustíveis. Pela primeira vez, criticou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, por assinar acordos com os EUA para multiplicar o uso do etanol.

Segundo o líder cubano, essa política terá "efeitos devastadores" na produção de alimentos no Terceiro Mundo.

Em uma reportagem publicada no jornal oficial do Partido Comunista Cubano, "Granma", Castro desqualifica em termos duros as conclusões sobre o uso do etanol tiradas nos recentes encontros em Brasília e em Camp David (EUA) entre Bush e Lula.

"Aplicar essa fórmula em escala mundial representa a internacionalização do genocídio", afirmou o dirigente cubano convalescente.

Castro lembrou que Lula publicou um artigo em "The Washington Post" no qual expôs a idéia de transformar os alimentos em combustível.

"O presidente do Brasil afirmou que menos de 1% da terra cultivável brasileira é dedicada à cana para produzir álcool. Essa superfície é quase o triplo da que se empregava em Cuba quando se produziam quase 10 milhões de toneladas de açúcar. Não é minha intenção ofender o Brasil, nem me imiscuir em assuntos relacionados à política interna desse grande país", indica Castro.

Mais tarde, ele denuncia que em Camp David não se resolveram questões fundamentais, como quem fornecerá os cereais necessário para os países desenvolvidos produzirem etanol. Castro, que aposta em métodos mais simples de economia energética, como o uso de lâmpadas incandescentes aplicado em Cuba, encontrou no etanol e nos biocombustíveis um novo campo para atacar os EUA.

O mesmo acontece com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que fez um giro pela América Latina para condenar a obtenção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar e sementes de milho, girassol e colza.

A credibilidade das críticas de Castro e Chávez está sendo questionada, porque é mais que sabido que até pouco tempo atrás os dois estavam interessados em promover o etanol.

Ambos passaram para o lado contrário pouco depois que Bush visitou o Brasil e assinou acordos com Lula para aumentar a produção de biocombustíveis. Os analistas atribuem a mudança de posição a considerações políticas, e não ambientais.

Há poucas semanas, Chávez promovia um projeto de cinco anos para cultivar cana para produzir etanol com apoio técnico do Brasil e Cuba. Foram planejadas 15 novas usinas para obter 30 mil barris de etanol diários.

Há apenas um mês Havana e Caracas anunciaram um acordo para construir 11 usinas de etanol na Venezuela com know-how cubano. O acordo incluía a modernização de dez usinas em Cuba e a construção de outras oito baseadas em métodos brasileiros.

Em agosto de 2006, a companhia de petróleo estatal da Venezuela PDVSA assinou um acordo com a estatal brasileira Petrobras para abastecer etanol "em longo prazo", como substituto confiável da gasolina.

Agora apresentam o etanol como ameaça para os pobres. No final de seu giro pela América Latina e Caribe, Chávez disse na Jamaica que havia razões "éticas" para se opor à produção de etanol.

Em 29 de março passado, Castro já publicou no "Granma" um primeiro artigo atacando o plano de etanol de Bush e Lula. Então acusou o presidente americano de condenar mais de 300 milhões de pessoas a uma morte prematura, ao transformar "alimento em combustível".

As críticas de Castro ao etanol não tiveram repercussão na Casa Branca, mas sim no Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que as idéias do líder cubano são respeitáveis, mas "antigas".

Farto das queixas de Chávez e Castro, Amorim disse sem rodeios: "Ele [Castro] tem idéias que eu sei que são antigas porque por acaso há 20 anos acompanhei o ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil numa viagem a Havana e então [Castro] já disse que não dava crédito à utilização do álcool como combustível, porque o açúcar era um produto nobre".
(Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves)
(La Vanguardia, Espanha, 8/4)


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12 - A internacionalização do genocídio, texto de Fidel Castro

“Esse esbanjamento colossal de cereais para produzir combustível, sem incluir as sementes oleaginosas, apenas serviria para poupar aos países ricos menos de 15 por cento do consumo anual de seus automóveis vorazes”


Eis o texto de Fidel Castro, publicado no jornal “Granma”, de Cuba (3 de abril de 2007):

A reunião de Camp David acaba de se concluir. Todos escutamos com interesse a entrevista coletiva dos presidentes dos EUA da América e do Brasil, bem como as notícias referentes à reunião e às opiniões expressas.

Encarado Bush às demandas do seu visitante brasileiro quanto às tarifas alfandegárias e aos subsídios que protegem e apóiam a produção norte-americana de etanol, não fez a mais mínima concessão em Camp David.

O presidente Lula atribuiu isso ao encarecimento do milho que, de acordo com suas palavras, aumentou em mais de 85 por cento.

Com antecedência, o jornal “The Washington Post” publicou o artigo da máxima autoridade do Brasil, em que expôs a idéia de converter os alimentos em combustível.

Não é minha intenção magoar o Brasil, nem me intrometer em assuntos relativos à política interna desse grande país. Foi precisamente no Rio de Janeiro, sede da Reunião Internacional sobre o Meio Ambiente, há exatamente 15 anos, onde denunciei com veemência, num discurso de 7 minutos, os perigos do meio ambiente que ameaçavam a existência de nossa espécie.

Naquela reunião estava presente Bush pai, como presidente dos EUA da América, que, num gesto de cortesia, bateu palmas perante aquelas palavras, como também o fizeram os outros presidentes.

Ninguém em Camp David respondeu à questão fundamental: onde e quem vai fornecer os mais de 500 milhões de toneladas de milho e de outros cereais de que os EUA, a Europa e os países ricos precisam para produzir a quantidade de galões de etanol que as grandes empresas norte-americanas e de outros países exigem como contraparte de seus inúmeros investimentos?

Onde e quem vai produzir a soja, as sementes de girassol e a colza, cujos óleos essenciais esses mesmos países ricos vão converter em combustível?

Um número de países produzem e exportam seus excedentes de alimentos. O balanço entre exportadores e consumidores era já tenso, disparando os preços desses produtos. Em prol da brevidade, não tenho outra alternativa do que me limitar a apontar o seguinte:

Os cinco produtores principais de milho, cevada, sorgo, centeio, mijo (espécie de milho originário da Índia), e aveia que Bush quer converter em matéria-prima para produzir etanol, fornecem ao mercado mundial, segundo dados recentes, 679 milhões de toneladas. Por sua vez, os cinco consumidores principais, alguns dos quais também são produtores desses grãos, precisam atualmente de 604 milhões de toneladas por ano. O excedente disponível se reduz para menos de 80 milhões de toneladas.

Esse esbanjamento colossal de cereais para produzir combustível, sem incluir as sementes oleaginosas, apenas serviria para poupar aos países ricos menos de 15 por cento do consumo anual de seus automóveis vorazes.

Bush, em Camp David, tem declarado a sua intenção de aplicar essa fórmula em nível mundial, o que não significa outra coisa senão a internacionalização do genocídio.

O presidente do Brasil, em sua mensagem publicada pelo “The Washington Post”, na véspera do encontro em Camp David, afirmou que menos de um por cento da terra cultivável brasileira é dedicada à cana para a produção de etanol.

Essa superfície é quase o triplo daquela que era empregue em Cuba quando se produziam quase 10 milhões de toneladas de açúcar, antes da crise da URSS e da mudança climática.

O nosso país leva mais tempo produzindo e exportando açúcar, em primeiro lugar, com base no trabalho dos escravos, que chegaram a ser mais de 300 mil nos primeiros anos do século 19 e converteram a colônia espanhola no primeiro exportador do mundo.

Quase cem anos depois, nos primórdios do século 20, na pseudo-república, cuja plena independência frustrou a intervenção norte-americana, só imigrantes antilhanos e cubanos analfabetos carregavam o peso da cultura e do corte da cana.

A tragédia de nosso povo era o chamado tempo morto, pelo caráter cíclico dessa cultura. Os canaviais eram propriedade de empresas norte-americanas ou de grandes fazendeiros de origem cubana. Portanto, temos acumulado mais experiência do que qualquer outro sobre o efeito social dessa cultura.

No domingo passado, 1º de abril, a CNN informava a opinião de especialistas brasileiros que afirmavam que muitas das terras dedicadas à cultura da cana foram adquiridas por norte-americanos e europeus ricos.

Nas minhas reflexões publicadas em 29 de março expliquei os efeitos da mudança climática em Cuba, ao qual se acrescentam outras características tradicionais do nosso clima.

Na nossa ilha, pobre e longe do consumismo, não haveria sequer pessoal suficiente para suportar os duros rigores da cultura e do atendimento aos canaviais no meio do calor, das chuvas ou das secas crescentes.

Quando açoitam os furacões, nem sequer as maquinarias mais perfeitas podem fazer a colheita das canas deitadas e retorcidas. Durante séculos não existiu o hábito de queimá-las, nem o solo era compactado sob o peso de maquinarias complexas e caminhões enormes; os fertilizantes nitrogenados, potássicos e fosfóricos, hoje custosos demais, nem sequer existiam, e os meses secos e úmidos se alternavam regularmente.

Na agricultura moderna não há rendimentos elevados possíveis sem a rotação das culturas.

A Agência Francesa de Imprensa transmitiu no domingo, 1º de abril, informações preocupantes a respeito da mudança climática, que peritos reunidos pelas Nações Unidas consideram como uma coisa já inevitável e de graves consequências nas próximas décadas.

"A mudança climática afetará consideravelmente o continente americano, pois gerará mais tormentas violentas e ondas de calor, que na América Latina provocarão secas, com a extinção de espécies e, inclusive fome, segundo o relatório da ONU que deve ser aprovado na semana próxima, em Bruxelas.

"No fim deste século, cada hemisfério sofrerá problemas de água e, se os governos não tomarem medidas, o aumento de temperaturas incrementará os riscos de 'mortalidade, poluição, catástrofes naturais e doenças infecciosas’, adverte o Grupo Intergovernamental da Mudança Climática (IPCC).

"Na América Latina, o aquecimento já está degelando os glaciares dos Andes e ameaça a floresta do Amazonas, cujo perímetro pode ir se tornando numa savana", continua afirmando o telex.

"Por causa da grande quantidade de pessoas que vive perto das costas, os EUA também se expõem a fenômenos naturais extremos, como o demonstrou o furacão Katrina em 2005."

"Este é o segundo relatório do IPCC de uma série de três, que abriu em fevereiro passado com uma primeira diagnose científica onde se estabelecia a certeza da mudança climática."

"Nesta segunda entrega de 1.400 páginas, em que é analisada a mudança por sectores e regiões e da qual a AFP obteve uma duplicata, considera-se que, embora sejam tomadas medidas radicais para reduzir as emissões de dióxido de carbono à atmosfera, o aumento das temperaturas em todo o planeta, nas próximas décadas, já é certo", conclui a informação da agência francesa de notícias.

Como era de esperar, Dan Fisk, assessor de Segurança Nacional para a região, declarou no mesmo dia da reunião de Camp David que "na discussão de assuntos regionais, o tema de Cuba seria um deles, e não precisamente para abordar o tema do etanol — a respeito do qual o presidente convalescente Fidel Castro escreveu um artigo na quinta-feira — mas o da fome que tem criado no povo cubano".

Diante da necessidade de responder a este cavalheiro, vejo-me no dever de lembrar-lhe que o índice de mortalidade infantil em Cuba é menor que o dos EUA. Pode se garantir que não existe nenhum cidadão sem assistência médica gratuita.

Todo mundo estuda e ninguém carece de oferta de trabalho útil, apesar de quase meio século de bloqueio económico e da tentativa dos governos dos EUA da América de renderem o povo cubano mediante a fome e a asfixia econômica.

A China jamais empregaria uma só tonelada de cereais ou de leguminosas para a produção de etanol. Trata-se de uma nação de economia próspera, que ultrapassa recordes de crescimento, onde nenhum cidadão deixa de receber as rendas necessárias para bens essenciais de consumo, apesar de que 48% de sua população, que ultrapassa os 1,3 bilhões de habitantes, trabalha na agricultura.

Antes pelo contrário, propôs-se fazer poupanças consideráveis de energia, eliminando milhares de fábricas que consomem cifras inaceitáveis de eletricidade e combustíveis. Muitos alimentos mencionados eles os importam de qualquer canto do mundo, após transportá-los milhares de quilômetros.

Dezenas e dezenas de países não produzem combustíveis e não podem produzir milho e outros grãos, nem sementes oleaginosas, porque a água não dá para cobrirem suas necessidades mais elementares.

Numa reunião convocada em Buenos Aires pela Câmara da Indústria de Óleos e o Centro de Exportadores sobre a produção de etanol, o holandês Loek Boonekamp, director de Mercados e Comércio Agrícola da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), declarou à imprensa que:

"Os governos ficaram muito entusiasmados; deveriam ter um olhar frio acerca de se deve existir apoio tão forte ao etanol”.

"A produção de etanol apenas é viável nos EUA; em nenhum outro país, a não ser que sejam aplicados subsídios.”

"Isto não é maná do céu e não temos que nos comprometer cegamente", continua o telex.

"Hoje os países desenvolvidos incentivam para que os combustíveis fósseis sejam misturados com biocombustíveis em cerca de 5%, e isso já faz pressão sobre os preços agrícolas. Se esse corte aumentar para 10%, será necessário 30% da superfície plantada nos EUA e 50% da da Europa. Por isso, pergunto se isso é sustentável. O aumento da demanda por culturas para o etanol produzirá preços mais altos e instáveis."

As medidas protecionistas hoje se elevam a 54 centímetros por galão e os subsídios reais atingem cifras muito mais altas.

Aplicando a aritmética singela que aprendemos no segundo grau, se comprovaria que a simples mudança das lâmpadas de incandescência por fluorescentes, como expressei na minha reflexão anterior, contribuiria com uma poupança de investimento e de recursos energéticos equivalente a trilhões de dólares, sem utilizar um só hectare de terra agrícola.

Enquanto isso, notícias públicas procedentes de Washington afirmam textualmente através da “AP”:

"O misterioso desaparecimento de milhões de abelhas em todo o território dos EUA tem os apicultores à beira do ataque de nervos e preocupa inclusive o Congresso, que irá debater nesta quinta-feira a crítica situação de um inseto chave para o sector agrícola”.

"Os primeiros sinais sérios deste enigma surgiram pouco depois do Natal no estado da Flórida, quando os apicultores se encontraram com que as abelhas tinham sumido”.

"Desde então, a síndrome que os peritos batizaram como o Problema do Colapso das Colméias (CCD, pelas siglas em inglês), tem diminuído em 25% os enxames do país”.

"Temos perdido mais de meio milhão de colônias de abelhas, com uma população de ao redor de 50 mil abelhas cada uma, disse Daniel Weaver, presidente da Federação Estadunidense de Apicultores, que sublinhou que o mal afeta aproximadamente 30 dos 50 estados do país. O curioso do fenômeno é que em muitos dos casos não se encontram restos mortais”.

"Os laboriosos insetos polinizam culturas avaliadas entre US$ 12 bilhões e US$ 14 bilhões, segundo um estudo da Universidade de Cornell.

"Os cientistas baralham todo o tipo de hipóteses, dentre elas, a de que algum pesticida tenha provocado danos neurológicos nas abelhas e alterado o seu sentido da orientação. Outros culpam a seca, e inclusive, as ondas dos telemóveis, mas o certo é que ninguém sabe na verdade qual é o verdadeiro desencadeante."

O pior pode estar por acontecer: uma nova guerra para garantir os fornecimentos de gás e petróleo, que coloque a espécie humana à beira do holocausto total.

Há órgãos de imprensa russos que, invocando fontes de inteligência, têm informado que a guerra contra o Irã está a ser preparada em todos os seus pormenores há mais de três anos, no dia em que o governo dos EUA da América decidiu ocupar Iraque na sua totalidade, desatando uma guerra civil odiosa e interminável.

Enquanto isso, o governo norte-americano destina centenas de bilhões de dólares ao desenvolvimento de armas de tecnologia altamente sofisticada, como as que utilizam sistemas microeletrônicos, ou novas armas nucleares que poderiam estar sobre os alvos uma hora depois de terem recebido a ordem.

Os EUA ignoram olimpicamente que a opinião mundial é contra todo o tipo de armas nucleares.

Demolir até a última fábrica iraniana é uma tarefa técnica relativamente fácil para um poder como o dos EUA. O difícil poderia vir depois se uma nova guerra for desencadeada contra outra crença muçulmana que merece todo o nosso respeito, como as outras religiões dos povos do Oriente Próximo, Médio ou Extremo, antes ou depois do cristianismo.

A captura dos soldados ingleses nas águas jurisdicionais do Irã parece uma provocação exatamente igual à dos chamados "Irmãos ao Resgate", quando violando as ordens do presidente Clinton avançavam sobre as águas da nossa jurisdição e a ação defensiva de Cuba, absolutamente legítima, serviu de pretexto ao governo dos EUA para promulgar a famosa Lei Helms-Burton, que viola a soberania de outros países. Poderosos meios massivos de publicidade sepultaram no esquecimento aquele episódio. Não são poucos os que atribuem o preço do petróleo de quase US$ 70 por barril, atingido na segunda-feira, aos temores de um ataque ao Irã.

Donde vão tirar os países pobres do Terceiro Mundo os recursos mínimos para sobreviverem? Não exagero, nem uso palavras desmedidas, atenho-me aos fatos. Como pode ser constatado, são muitas as faces obscuras do poliedro.”

3 de Abril de 2007
Fidel Castro Ruz
(Gramma, 4/4)

2 comentários:

Unknown disse...

Os dados dispostos no artigo são pertinentes. O que ocorre que no início da década, Castro não via como genocídio a plantação de cana de açucar para transformar em etanol. O petróleo fácil oferecido para Cuba pelo atual presidente venezuelano, no entanto, deixou o então presidente cubano à vontade para revisar sua posição. Pessoas mudam de posição e isto não se constitui pecado, mas é necessário ver todos os lados da questão, sobretudo quando há sinais de exaustão nas reservas de petróleo e que deve se produzir pesquisas responsáveis para criar novas matrizes energéticas.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Grato pelos comentarios, Osmar. O tema é bastante complexo, mas é um fato que em lugar de debater argumentos técnicos, Fidel Castro preferiu fazer previsoes catastroficas que sao muito fantasiosas, pois ele parte do principio de que o Brasil (e outros paises, talvez) nao conseguira produzir alimentos para ao seu povo, preferindo produzir alcool, o que é de uma estupidez monumental.
Ou então ele se tornou refem do petroleo venezuelano, como voce insinua, e se o Brasil vem com muito etanol, o preco do petroleo tenderá a cair antecipadamente.
Ou seja, uma posicao que nao tem absolutamente nada a ver com os fundamentos técnicos dos biocombustiveis, apenas com politica...