segunda-feira, janeiro 05, 2009

390) Cuba: 50 anos de castrismo (1)

Prólogo:
Dou início, por este post, a uma série de artigos ou matérias, coletadas na internet, sobre os 50 anos da revolução cubana que trouxe ao poder Fidel Castro e seus companheiros.
Não farei, por enquanto, nenhum julgamento ou aprecição, apenas transcrição, tanto contra, como a favor.
Começo por um economista da escola liberal:

Meio Século de Escravidão
Rodrigo Constantino

No dia primeiro de janeiro de 2009, muitos estarão celebrando a entrada do ano novo. Os cubanos, entretanto, não têm muito que comemorar, e ainda assim serão forçados a demonstrar em público regozijo pela data que marca também os cinqüenta anos da revolução que lançou a pequena ilha na total escravidão e miséria. Há meio século, um bando de guerrilheiros liderados por Fidel Castro tomava o poder em Cuba, e iniciava uma nova fase tão nefasta que faria os tempos de Fulgencio Batista parecerem bons. A ditadura de Fidel já sacrificou no altar da ideologia socialista quase cem mil inocentes, e deixou os demais na completa miséria. Cuba viu todos os seus indicadores econômicos despencarem, e hoje a ilha se sustenta porcamente com o turismo dos capitalistas e doações de petrodólares do caudilho Chávez.

Por mais chocante que seja, não são poucos os que ainda nutrem paixão pelo regime genocida dos irmãos Castro. Vários "intelectuais", alguns músicos famosos, e até mesmo o mais conhecido arquiteto brasileiro derretem-se de amor quando falam da ilha-presídio. Adoram, de bem longe, o modelo que trouxe apenas terror e miséria para suas vítimas. Foi Roberto Campos quem melhor descreveu essa turma: "É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar – bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola". No meu dicionário, existe uma palavra que resume bem isso tudo: hipocrisia.

Quando o assunto é a Revolução Cubana, muitos deixam a razão de lado e sucumbem totalmente às emoções despertadas por décadas de lavagem cerebral ideológica. A incoerência dos defensores do regime cubano é tanta que podemos apenas concluir que são vítimas de dissonância cognitiva. Fogem dos fatos porque a realidade os machuca. Acusam o embargo americano pela miséria na ilha ao mesmo tempo em que chamam o comércio com os americanos de exploração. Atacam as ditaduras supostamente de direita enquanto não se importam em defender a mais longa e cruel ditadura da América Latina. Repetem como papagaios o mito da "maravilhosa" saúde cubana enquanto nem mesmo remédios básicos existem na ilha. Sem falar que Fidel chamou um médico da Espanha quando ficou doente! Afirmam como autômatos que não existem analfabetos em Cuba, enquanto todos sabem que há apenas doutrinação ideológica, e que o único jornal que circula por lá pertence ao governo ditatorial. E a lista de contradições não acaba aqui. Todo defensor do regime feudal dos irmãos Castro é ou um idiota útil, ou um sujeito pérfido e hipócrita em busca de poder. Não há alternativa diferente.

A característica mais marcante dos socialistas talvez seja a crença de que os fins justificam quaisquer meios. Em nome da causa, tudo é permitido. Pela utopia socialista, milhares de mortes viram apenas um detalhe estatístico. O "historiador" marxista (sic) Eric Hobsbawm chegou a dizer numa entrevista que aceitaria novamente as milhões de vítimas do comunismo se fosse para chegar à utopia que defende. Esse desvio de caráter já se mostrava presente em Fidel Castro desde muito cedo. Brian Latell, no livro Cuba Sem Fidel, faz uma análise do ditador usando sua obscura juventude como fonte: "Esse é o comportamento de um sociopata, de alguém desprovido da capacidade ou da disposição para diferenciar o certo do errado. Já com 20 anos de idade, Fidel considerava a prática de assassinatos e a provocação de situações caóticas meios justificáveis e aceitáveis para ver materializados seus interesses pessoais". Um típico comunista é alguém que ama tanto a Humanidade, que já não se importa nem um pouco com os seres humanos ao lado. A empatia é uma das primeiras palavras riscadas do dicionário de um revolucionário comunista. Ele reverencia o regime cubano, e ignora a escravidão dos cubanos de carne e osso.

Quando o leitor comemorar a virada de ano e desejar aos outros um feliz ano novo, lembre-se de que os cubanos estarão tendo que celebrar outra coisa: o qüinquagésimo aniversário do regime opressor que são forçados a suportar. As liberdades mais básicas foram suprimidas pelos irmãos Castro no Alcatraz caribenho. Meus votos aos cubanos são pelo fim dessa ditadura genocida, e pela punição a todos aqueles que foram cúmplices das atrocidades praticadas pelo regime. Já passou da hora de jogar no lixo da história essa ideologia perversa que mantém em Cuba e na Coréia do Norte seus últimos ícones podres. E pro inferno – ou para Cuba se preferir – todos aqueles que ainda insistem em defender o socialismo!

http://rodrigoconstantino.blogspot.com

Nenhum comentário: